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COMO FUNCIONA A VENDA DE TERRENOS VIRTUAIS NO METAVERSO?


vende de terrenos no metaverso

O Metaverso é um universo digital e interativo de realidade aumentada. Nesse mundo, é possível realizar trabalho remoto, participar de reuniões e, principalmente, comprar, vender e alugar bens móveis e imóveis. Porém, por ser tão recente, não há nenhuma legislação brasileira em vigor que regularize essa nova modalidade de negócio.


O conceito de Metaverso se tornou popular com a declaração de Mark Zuckenberg no final de 2021, o qual afirmou que o Grupo Facebook passaria por um reposicionamento (rebranding) da marca, passando a se chamar “Meta”, a qual estará acima dos seus produtos, dentre eles o próprio Facebook, Instagram e WhatsApp. Dentre seus objetivos, está justamente a incorporação no Metaverso.


Dentre as promessas do Metaverso, está a facilitação do modelo híbrido de trabalho, por meio de um ambiente virtual onde todos os colaboradores estejam virtualmente juntos. Nesse sentido, segundo Bill Gates (Microsoft), em 3 anos todas as reuniões profissionais serão realizadas no metaverso.


No que diz respeito ao mercado imobiliário, será possível criar espaços digitais (Horizon Homes) para a idealização, construção e decoração de imóveis, criação de maquetes tridimensionais para fomentar a pré-venda dos empreendimentos, bem como a implementação de transações imobiliárias por meio de contratos inteligentes. E, o mais importante, será possível negociar imóveis virtuais.


As negociações de imóveis virtuais serão realizadas em por meio de NFTs, que são comprados com criptomoedas e armazenados em blockchains. Tudo isso em grandes “mundos virtuais”, que imitam a geografia do “mundo físico”.


NFT (non-fungible- token) ou Token Não-fungível, é o novo padrão tecnológico para ativos digitais exclusivos. Ele é mais eficiente e poderoso do que os padrões digitais convencionais.


Token é a representação digital de um ativo, como dinheiro, propriedade ou obra de arte.


Blockchain é um grande banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários e armazena as NFTs.


Bens Fungíveis ou móveis, de acordo com o artigo 85 do Código Civil, são aqueles “que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”. Como exemplo, cita-se o dinheiro, que pode ser trocado por outro da mesma espécie (uma nota de 100 por duas notas de 50, e assim por diante).


Por consequência, um bem não-fungível é algo exclusivo, como um imóvel ou uma obra de arte.


Dessa forma, em resumo um token não-fungível é a certificação digital da propriedade de um ativo exclusivo, seja físico (um quadro) ou digital (arte gráfica ou terreno do metaverso).


E como adquirir imóveis nesse “mundo virtual”?


Bom, algumas empresas, como Decentraland e The Sandbox passaram a comercializar tanto imóveis quanto objetos em seu “Mundo Virtual”, movimentando grandes somas em dinheiro.


A Decentraland foi criada em 2015, onde os usuários podem comprar terrenos e transformá-los em negócios digitais. Dos 90 mil lotes colocados à venda, todos já foram comprados. Porém, ainda existe o comércio secundário e compra e venda desses bens. Sua moeda digital (criptomoeda) é a MANA.


The Sandbox, semelhante ao Decentraland, possibilita a criação de projetos digitais, tais como empresas, casas e espaços para eventos. Existem 166.464 terras disponíveis, e ainda há a possiblidade de adquiri-los. Sua moeda digital (criptomoeda) é a ETHER.


Esses terrenos virtuais são representados e negociados por meio de NFTs, os quais fazem as vezes da Escritura Pública. Ademais, esses NFTs ficam guardados nas blockchaisn, ao invés de um cartório de registro de imóveis.



Tal como no mundo físico, os fatores que influenciam o preço dos terrenos digitais são os mesmos, como escassez, tamanho e localidade.


Dentre as transações, é possível realizar compra e venda, construção, aluguel, realização de eventos e anúncios.


A título de exemplo, a maior negociação de terreno no“metaverso”, foi a aquisição de um lote da The Sandbox pela Republic Realm, por nada menos do que 618.000 MANAs, o que equivale a 14 milhões de reais (ou 2,5 milhões de dólares). O espaço virtual será utilizado para a realização de eventos digitais de moda.


Ademais, as NTFs desses terrenos virtuais podem ser negociados no mundo real. E, por conta da valorização tanto dos imóveis digitais quanto das criptomoedas e do próprio dolar, a negociação de ativos no metaverso pode se tornar uma excelente e lucrativa forma de negócio.


Porém, é importante frisar que, no Brasil, não existe nenhuma legislação que regule as transações imobiliárias no metaverso. Isso porque, a Inteligência artificial não é regulamentada no pais. Assim, apesar da segurança da negociação de NFTs, ainda não há segurança jurídica nas transações imobiliárias pelo metaverso.


Dessa forma, é possível concluir que o metaverso, mais do um conceito futurístico, é uma ideia que já vem ganhando forma e movimentando a economia mundial. No futuro, o mundo virtual será tão real e comum quando o mundo físico. Dessa forma, é uma grande oportunidade de negócio investir no metaverso enquanto ainda está na fase embrionária, mesmo que não haja legislação específica nesse sentido.


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Por Felipe W. Dias.


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